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MSTL - Movimento Sem Terra de Luta

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MSTL discute estratégias pós-eleições e novos rumos para a luta por moradia popular em SBC

A coordenação do Movimento Sem Terra de Luta (MSTL) realizou assembleia em 20 outubro com as novas famílias do grupo de base. O encontro teve como objetivo analisar os resultados das eleições municipais de 2024 e orientar a base do movimento sobre os próximos passos na luta por moradia digna para a população de baixa renda do município. Em 2024, o déficit habitacional na área do Grande ABC, que abrange São Bernardo do Campo, foi estimado em cerca de 90 mil unidades habitacionais, abrangendo tanto a carência de novas moradias quanto a necessidade de melhorias em assentamentos precários e áreas com infraestrutura insuficiente.

Na abertura do encontro, Eduardo Cardoso, coordenador-geral do MSTL, destacou a importância de intensificar o uso da comunicação digital e das redes sociais. Ele apontou que essas ferramentas foram essenciais para o sucesso de candidatos nas eleições e para estreitar o contato com as bases de apoio. Candidato a uma cadeira na Câmara Municipal de São Bernardo, Eduardo obteve 1.576 votos. Ele aproveitou a oportunidade para agradecer as mensagens de incentivo após a eleição: “cada palavra de apoio me enche de força e esperança para continuar nossa luta por moradia digna. Esse carinho renova minha disposição para seguir em frente, ao lado das pessoas que acreditam em mim e que querem uma São Bernardo mais justa, solidária e igualitária. Saio dessa disputa muito mais experiente e com um entendimento maior sobre o papel vital que a comunicação digital desempenha no processo de diálogo e identificação com os eleitores.”

Eduardo informou que o MSTL, a partir da experiência eleitoral e do fortalecimento da comunicação digital, desenvolverá uma campanha nas redes sociais para atrair novas famílias ao movimento. Com os investimentos federais voltados à retomada do programa Minha Casa Minha Vida, o MSTL já conta com dois projetos de habitação em andamento. No bairro Demarchi, 60 famílias aderiram à proposta, e a organização busca ampliar esse número para pelo menos 300 adesões para que o projeto possa avançar. “Para viabilizar o empreendimento, precisamos de novas adesões. Com estratégias específicas nas redes sociais, pretendemos mobilizar mais famílias interessadas na conquista de moradia digna,” explicou o coordenador.

Ainda na assembleia, Eduardo Cardoso detalhou os principais caminhos disponíveis para famílias de baixa renda que buscam conquistar sua casa própria. Segundo ele, além das opções oferecidas pelo mercado imobiliário — acessíveis principalmente às famílias com alguma reserva financeira — há alternativas direcionadas a famílias que vivem em áreas de risco ou sujeitas à desapropriação. Em muitos casos, essas famílias são priorizadas pelo poder público quando novas unidades habitacionais são disponibilizadas. Entretanto, Cardoso alertou que, com o déficit habitacional crescente, muitas famílias de baixa renda não conseguem ser contempladas, o que reforça a necessidade de atuação de movimentos como o MSTL para atender aqueles que estão fora dos programas habitacionais disponibilizados pelas prefeituras.

“Hoje, as famílias que se unem ao MSTL têm dois caminhos para realizar o sonho da casa própria”, destacou Cardoso. “O primeiro é através da ocupação de áreas que não cumprem a função social estabelecida pela Constituição. O segundo é o modelo de coparticipação, atualmente o mais utilizado pelo MSTL, que permite que famílias com alguma reserva financeira participem de rateios destinados à compra de terrenos e à cobertura dos custos de construção.” Ele também incentivou os associados a buscarem maneiras de economizar recursos para aderirem a esses rateios coletivos, ampliando assim as possibilidades de obtenção de moradia adequada.

Para mais informações sobre o MSTL e as iniciativas para adesão de novas famílias, os interessados podem entrar em contato pelo telefone (11) 96908-3369.

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